terça-feira, 7 de agosto de 2007

Cidade do Porto

A postagem de hoje, terá como assunto algumas curiosidades históricas que embalaram uma das cidades de grande importância na história de Portugal; a Cidade do Porto.

Origem



As origens do centro urbano da cidade do Porto, datam da antiga idade do bronze, aproximadamente oito séculos a.C.. Desde o início, o povoamento pré - histórico teve importantes ligações comerciais com a bacia do Mediterrâneo. Durante a ocupação romana, a cidade já era composta por impressionantes edifícios e controlava uma importante rede viária entre Lisboa e Braga.A cidade foi, mais tarde, denominada, primeiro de Cale e mais tarde de Portucale, de onde derivou o nome Portugal.

Muralhas



As muralhas da cidade foram construídas no período dos romanos. A muralha original foi reconstruída no século XII, quando o burgo foi doado ao Bispo D. Hugo, que instituiu a primeira escritura pública. A segunda parte da muralha, que data do século XIV, cerca as encostas da Sé e da Vitória e estende-se em direcção ao rio, onde estão situados o cais e a Casa dos Trajes Reais.Entre os séculos XIII e XV, deu-se um grande desenvolvimento das actividades comerciais e marítimas e fortaleceram-se as ligações com importantes portos europeus, tais como Barcelona, Valência, La Rochelle, Rouen, Londres, Ypres, Antuérpia, etc. Neste período, os estaleiros do Porto e de Vila Nova de Gaia eram os mais importantes do país

Personalidades e habitantes



Um dos intervenientes no acordo de 1352, entre a Inglaterra e Portugal nasceu no Porto. Esse senhor chamava-se Afonso Martins Alho, e o seu sobrenome foi imortalizado numa expressão popular usada quando nos queremos referir a alguém que é inteligente: "fino que nem um alho".O Infante D. Henrique nasceu nesta cidade em 1394. Ele foi o príncipe navegador, que deu inicio à era das descobertas marítimas portuguesas. O autor da muito conhecida Carta da Descoberta do Brasil (1500), Pêro Vaz da Caminha, nasceu no Porto, onde era funcionário da casa da moeda, tendo sido requisitado pelo Rei para se juntar à expedição de Pedro Alvares Cabral a fim de elaborar o diário de bordo.
Os habitantes do Porto são conhecidos como Tripeiros, devido aos sacrifícios que fizeram para ajudar o exército que conquistou Ceuta em 1415. Diz-se que eles deram toda a comida boa às tropas e apenas ficaram com a tripa para comer. Por essa razão, actualmente, um dos pratos mais tradicionais da cidade são as "tripas à moda do Porto".

Arquitetura e acontecimentos



O domínio espanhol (1580 - 1640), foi um período de grande desenvolvimento urbano e administrativo. Nesse período, começaram-se a verificar significativas mudanças artísticas que atingiram o seu auge no século XVIII. Não se deve, no entanto, deixar de mencionar o estilo Barroco, do qual o arquitecto italiano Nicolau Nasoni (1725 - 1773) era o expoente máximo, assim como vários artistas portugueses, como António Pereira e Miguel Francisco da Silva. Outra mudança importante foi a reforma urbana levada a cabo por João de Almada e Melo (1757 - 1786) e os lindos edifícios neo - clássicos
influenciados pela presença de uma colónia inglesa na cidade. Esta foi também uma época dourada para o Vinho do Porto.
O Porto foi sempre conhecido como uma cidade liberal e virada para o progresso, com uma longa tradição na defesa dos direitos do cidadão. Os seus habitantes foram alvo de uma longa perseguição, por parte das tropas reais, entre 1832 e 1833. A vitória da causa liberal foi, em parte, devido ao sacrifício das pessoas que lutaram para apoiar a Carta Constitucional. Como resultado desta acção heróica, o Rei Pedro IV descreveu-a como a "muito nobre, invicta e sempre leal" cidade do Porto.

Transformações de um novo governo



Após a implantação da República, a cidade iniciou outro processo de renovação, de onde se deve destacar a construção da Avenida dos Aliados. O projecto iniciou-se em 1915, pela mão do inglês Barry Parker e continuou sobre a influência da escola francesa, pela mão do arquitecto Marques da Silva, que havia estudado em Paris. Esta linda e harmoniosa avenida é o limite norte da área protegida do centro histórico.
O Porto é também conhecido como a "cidade do trabalho", devido ao tradicional dinamismo da sua burguesia, assim como à sua honestidade e ideais de progresso. Por outro lado, a vida cultural e social do Porto tem características muito especiais.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

terça-feira, 12 de junho de 2007

Santo Antônio


No próximo dia 13 de junho é comemorado o Dia de Santo Antônio, que é conhecido também como o santo casamenteiro e o padroeiro da minha cidade; Jequié.
A história
Santo Antônio de Pádua, também conhecido como Santo Antônio de Lisboa, nasceu em Lisboa, no ano de 1195, com o nome de Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo. É contemporâneo de um outro grande santo, São Francisco de Assis.
Santo Antônio foi cônego regular em Portugal até os vinte e cinco anos, quando um fato mudou a sua vida. Ao saber que cinco franciscanos tinham sido martirizados em Marrocos, como conseqüência da tentativa de evangelizar infiéis, Santo Antônio decidiu seguir-lhe os passos e ser um missionário. Foi então que entrou para a ordem dos frades franciscanos e logo foi enviado para trabalhar entre os muçulmanos de Marrocos, Porém, com problemas de saúde, foi obrigado a retornar para a Europa, permanecendo em um eremitério na Itália. Durante este tempo, ocupou vários cargos, como o de professor em sua ordem na Itália e na França e também pregando nos lugares onde a heresia era mais forte. O combate à heresia era feito não apenas através da pregação, mas também por meio de milagres espantosos. Sabia de cor quase todas as Escrituras e tinha um dom especial para explicar e aplicar as mais difíceis passagens.
Em 1231, seu sermão alcançou o ápice de intensidade, porém, foi neste mesmo ano que o santo foi acometido de uma doença inesperada, e ele veio a falecer em Arcella, no dia 13 de junho, aos 36 anos de idade.
Santo Antônio foi canonizado por Gregório IX em 30 de maio de 1232. É um santo de grande popularidade, principalmente nos países latinos, onde o povo costuma invocá-lo para encontrar objetos perdidos e auxiliar moças solteiras a encontrar noivos.
Festividades

Em Portugal
Santo António é o padroeiro da cidade de Lisboa e o seu dia, 13 de Junho, é o feriado municipal desta cidade. As festas em honra de Santo António começam logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza as marchas populares, grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes bairros, um pouco à maneira das escolas de samba, numa espécie de carnaval português. Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um mangerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa. A festa dura toda a noite e, um pouco por toda a Lisboa há arraiais, locais engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, bebe vinho tinto, ouve música e se dança até de madrugada, sobretudo no antigo e muito típico Bairro de Alfama (na cidade do Porto, uma festa semelhante, mas em honra de São João, patrono da cidade, tem lugar todos os anos no dia 23 de Junho). Santo António é o santo casamenteiro, pelo que a Câmara Municipal de Lisboa (prefeitura) costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa], o casamento de dezenas de jovens noivos, todos os anos no dia 13 de Junho. Estes jovens de origem modesta, conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família.
No Brasil
No Brasil, onde o santo tem milhões de devotos, é também frequentemente reverenciado como Santo Antônio, o Casamenteiro. O arraial de Santo Antônio do Leite, no Estado de Minas Gerais, Brasil, tem em sua igreja uma belíssima imagem de Santo António de Lisboa, trazida de Portugal em finais do século XVII. O dia 13 de Junho, é feriado em diversos municípios portugueses e brasileiros inclusive em Jequié.


domingo, 10 de junho de 2007

Dia nacional da Língua Portuguesa, dia nacional de Portugal e dia de Camões.




Hoje é o dia nacional da língua Portuguesa, também o dia nacional de Portugal e dia de Camões, um poeta que se representou justamente o gênio da pátria, representou Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial.
Com o 10 de Junho, “os republicanos de Lisboa tentaram evocar a jornada gloriosa que tinham sido as comemorações camonianas de 1880, uma das primeiras manifestações das massas republicanas em plena monarquia". Após a Implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, foram desenvolvidos trabalhos legislativos, “e logo em 12 de Outubro saiu um decreto que estipulou os feriados nacionais”. Alguns feriados “desapareceram, nomeadamente os ditos feriados religiosos, uma vez que o objectivo da República era justamente laicizar a sociedade e subtraí-la à influência da igreja”, explica Conceição Meireles, professora de História Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. “Os feriados que ficaram consignados por este decreto de 12 de Outubro de 1910 foram o Primeiro de Janeiro, que era o dia da Fraternidade Universal; o 31 de Janeiro, que evocava a revolução – aliás, falhada - do Porto, e que portanto era consagrado aos mártires da República; o 5 de Outubro, vocacionado para louvar os heróis da República; o Primeiro de Dezembro, que era o Dia da Autonomia e o Dia da Bandeira; e o 25 de Dezembro, que passou a ser considerado o Dia da Família, tentando também laicizar essa festa religiosa que era o Natal”. O decreto de 12 de Junho dava “aos municípios e concelhos a possibilidade de escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais e municipais. Daí a origem dos feriados municipais”, lembra a especialista. “Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões”, uma vez que a data é apontada como sendo a da morte do poeta que escreveu “Os Lusíadas”. Também no Brasil hoje dia 10 era comemorado o Dia da Lingua Portuguesa, pelo motivo das mesmas tradições portuguesas, mas Através da Lei nº 11.310, de 12 de junho de 2006, o presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei do Senado n. 149/04, da autoria do senador Papaléo Paes (AP) que institui o dia 5 de novembro como Dia Nacional da Língua Portuguesa no Brasil. Papaléo Paes, natural de Belém, PA, e senador do PSDB pelo Amapá, escolheu esse dia por ser o aniversário de nascimento de Rui Barbosa, um dos mais ferrenhos defensores da língua portuguesa no Brasil. Ao adotar a medida, o Presidente brasileiro declarou que a intenção era a de valorizar e preservar a língua portuguesa como “importante laço de consolidação da unidade nacional.” A lei foi publicada no Diário Oficial do Brasil no último dia 13 de junho de 2006. Seja no dia 10 de junho ou no 5 de novembro a língua portuguesa terá sempre o seu prestígio.

Agora em homenagem a nossa lígua portuguesa, tão bela e miscigenada posto um poema de Sílvia Araújo Motta do Clube brasileiro da Língua Portuguesa:



T R O V A S:

Por Sílvia Araújo Motta

Nosso Clube, o ano inteiro,
visita muitas Nações... (Via Internet)
É Luso-afro-brasileiro,
de Luís Vaz de Camões.

O Patrono, com certeza,
desse Clube Brasileiro
que é da Língua Portuguesa,
é Camões...Gênio Primeiro.

Vieira foi com certeza
de uma Língua, Imperador
e da Pátria Portuguesa
um Diplomata do Amor.

Leia sempre, mas comente,
sobre a Língua nacional:
é cantante, encanta a gente...
presente de Portugal.

sábado, 9 de junho de 2007

Real Gabinete Português de Leitura


Inicio o post do Comentário Luso de hoje, falando sobre o Real Gabinete Português de Leitura que no mês de Maio completou 170 anos, e é uma das mais belas e importantes instituições do Brasil. Hoje em dia no Real Gabinete constam mais de 350 mil títulos em seu acervo, o que lhe garante o posto de maior biblioteca de autores portugueses fora de Portugal. Desse seu estupendo acervo literário constam muitas obras raras, como um exemplar da primeira edição de os Lusíadas de 1572. Planejado pelo arquiteto português Rafael de Silva e Castro, o Gabinete possui em sua fachada estátuas de Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama, Luís de Camões e o Infante D. Henrique, todos esses de total relevância na história do Brasil, há também as suntuosas e belas decorações em seu interior que proporcionam aos leitores tais como; Machado de Assis, Olavo Bilac e João do rio, uma espécie de inpiração e nostalgia histórica. Do seu título Real concedido pelo Rei D. Carlos em 1906, resultou no decreto do Governo português de determinar que a Biblioteca Nacional de Lisboa recebesse de todos os editores de Portugal um exemplar das obras por eles impressas e as destinassem todas ao Real Gabinete. Até hoje o decreto vigora, fazendo com dessa instituição a única fora do território português a ter essa Perrogativa. Além do acervo totalmente informatizado , o Real Gabinete também oferece aos seus visitantes pinturas, esculturas, documentos e exposições de objetos que contam a trajetória de Portugal e Brasil do antigo Império ao período contemporâneo.
Agora pergunto-lhes, qual a importância de todos nós brasileiros visitarmos o Real Gabinete Português de Leitura?
Compreender as transformações e história de um país que também faz parte da história do nosso país.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Marinha


Ditosos a quem acena Um lenço de despedida !
São felizes : têm pena...
Eu sofro sem pena a vida.

Dôo-me até onde penso,
E a dor é já de pensar,
Órfão de um sonho suspenso
Pela maré a vazar...

E sobe até mim, já farto
De improfícuas agonias,
No cais de onde nunca parto,
A maresia dos dias.
_________Fernando Pessoa